segunda-feira, 23 de agosto de 2010

End-To-End: direito ao livre acesso da rede

Empresas e provedores querem acabar com o direito ao livre acesso à informação, mas usuários defendem a regularização da Lei da Neutralidade da Rede.

Pagar por um provedor de internet e ter acesso ilimitado aos mais variados sites e conteúdos, com a mesma velocidade, sem que se precise pagar mais para ter informações produzidas e disponibilizadas na rede por empresas com poder aquisitivo mais alto. Este é o princípio da Neutralidade da Rede, que está sendo discutido em todo mundo para ser regularizada e virar lei por aqueles que prezam a liberdade de ir e vir do usuário da Internet.

A Neutralidade da Rede diz que todas as informações que transitam na rede devem ser tratadas de forma igual e com mesma velocidade, garantindo o livre acesso a qualquer tipo de informação. Se o princípio não se tornar lei, a forma como acessamos a internet será modificada e se tornará mais cara. Ao assinar um provedor de internet temos acesso a tudo a partir do momento em que estamos pagando pelo serviço e portanto, o consumidor não precisa pagar pela largura da banda para acessar determinado site que exige uma banda mais larga. 


O que os provedores e muitas empresas querem fazer é tornar o acesso à Internet um acesso de velocidade regulada, onde quem paga mais terá os acesso que desejar. Com uma concentração de mercado esses servidores podem passar a descartar sites que não os agradem e fazer com que outros demorem mais para carregar ou até mesmo baixar vídeos, músicas, filmes e qualquer arquivo a velocidade muito mais baixa do que a que pagamos ao acordar com nossa empresa de provedores, terminando com o que é chamado de "End-To-End", que é deixar os dados nas mãos dos usuários.


Veja o quanto o usuário teria que pagar a mais por cada serviço que hoje possui acesso automático, livre e democrático:


produzido por um usuário do Reddit


Sem a Neutralidade da rede seremos impedidos de acessar serviços como blogs ou até mesmo o Google, a não ser que todos se rendam e consigam se render, ao mercado exploratório destes provedores da forma que mais lhes agrada: pagando. A Internet não é baseada somente em aspectos técnicos e para pessoas que vivem - comercialmente- dela. É uma ferramenta livre de informação que assim deve ser mantida, para que não se criem conteúdos diferenciados para os que tem e os que não tem dinheiro.





Até mesmo empresas como a Google, que antes defendia em absoluto as ideias da regularização da Neutralidade da Rede hoje, juntamente com a Verizon, acreditam que devem haver exceções, como a criação de prioridades de tráfego e diferenciação da  banda larga fixa e móvel. Dar prioridade a determinado serviço ou empresa já é ferir o direito ao acesso livre e desfazer o princípio básico da Internet: levar informação para qualquer pessoa, em qualquer lugar, sem privilégios.


Marco Civil da Internet

O Twitter do Marco Civil da Internet aborda de forma consciente e democrática os mais variados projetos para uso da rede no Brasil, incluindo a regularização da Lei da Neutralidade da Rede. Acompanhe os seus direitos.



(matéria opinativa sobre Neutralidade da Rede)   

Nenhum comentário:

Postar um comentário